sábado, 13 de abril de 2013

Explorando o Berço da Civilização Chinesa – parte 1: Caverna Shihua


O distrito de Fangshan (Fángshān Qū 山区), no sudoeste de Beijing, possui muitas atrações turísticas e, impulsionados por nosso espírito aventureiro, lá fomos nós conhecer algumas delas.

Nosso “roteiro cultural” incluía a visita a quatro lugares: A Caverna Shihua, O Sítio do Homem de Pequim, O Templo Yunju e Shidu, locais que fazem parte do berço da civilização chinesa. Mas o tempo foi pequeno, porque a distância entre os lugares acabou sendo maior do que esperávamos, e acabamos visitando apenas dois locais e passando rapidamente por outro. 




Roteiro de nosso passeio com os lugares visitados.
A) Ponto de partida
B) Shihua Cave
C) Zhoukoudian
D) Shidu


A primeira parada foi na Vila Nancheying, a cerca de 66 quilômetros aqui de casa – mais ou menos uma hora e meia de carro, com bom trânsito - onde está a caverna Shihua (Shíhuā dòng 石花洞), situada num parque geológico descoberto em 1446.

Fangshan Global Geopark of China – Parque Geológico Global/Mundial da China ocupa uma área de 953.95 km² e é composto por oito geo-áreas: Zhoukoudian, Shihua Cave, Shidu, Mount Baihuashan-Baicaopan, Mount  Shangfangshan-Yunju Temple, Mount Shenglianshan, Yesanpo e Mount Baishishan. É o primeiro parque geológico localizado numa capital.

Portão na estrada que leva à Caverna Shihua.


Esse caminhão foi parcialmente "engolido" por uma
cratera aberta no pátio de um estacionamento.
Os chineses queriam que parássemos os carros ali, 
só que tinha buraco por tudo quanto é lado, e
resolvemos subir mais um pouco.
Havia um estacionamento "decente" mais lá pra cima.


Monumento próximo a entrada da caverna.


Leão de guarda diferente, nas cores
do Brasil.



Típico portal chinês na escadaria que dá acesso à
entrada da caverna.


Cris na entrada da caverna. 


Essas pequenas estátuas estavam bem na entrada na caverna.
Devem servir como "proteção".


Os dois casais já dentro da caverna, bem próximo à entrada.


Não dá nem para perceber que as flores são "fakes", não é?


O local abriga mais de 100 cavernas espalhadas por sete camadas ou andares. As camadas um até a seis são secas, enquanto que a sete está escondida num rio subterrâneo. Apenas as camadas de um a quatro estão abertas ao público, numa rota que chega a 2.500 metros de comprimento.

As meninas numa das rampas da caverna.


As cavernas ficam lá no fundo.


As cavernas são repletas de estalactites e estalagmites, aquelas formações de pedra originadas do gotejamento de águas das fendas das paredes de rocha calcária.

A estalactite é a formação que fica no alto, apontada para baixo, enquanto que a estalagmite é a que fica no solo, apontada para o alto. A estalagmite, mais grosseira, é o resultado dos pingos da estalactite, que é mais pontiaguda.

Estalactites.


Estalactites e estalagmites.


Esse tipo de formação mineral existe na Gruta de Maquiné, no Estado de Minas Gerais. Em 1998, quando voltávamos de Belém, paramos por lá para conhecer. A memória não me deixa lembrar muito dessa visita, mas acho que essas cavernas daqui, de Shihua, são bem mais profundas e possuem um número bem maior de formações rochosas.

O problema é que em alguns pontos as pedras parecem ser de mentira. Quando fomos ao Vietnã e estivemos em Ha Long Bay, visitamos uma caverna desse tipo e a sensação foi a mesma: de que muita coisa ali era “fake” ( post “Conhecendo a Coreia do Sul e o Vietnam – parte 2, Hanói e Ha Long Bay”, de 22 de novembro de 2012).
  
Mas se algumas das formações são falsas ou verdadeiras, isso não importa. O local é belíssimo e o jogo de luzes de cores ajuda a deixar o lugar ainda mais impressionante.



As luzes tornam o lugar ainda mais interessante.


 

     
A mesma parede com quatro cores diferentes.


As luzes ressaltam as formas das rochas
de calcário.

As esculturas criadas pela natureza formam cortinas e colunas de pedras, e até mesmo formações que lembram animais, objetos... Aí vai da imaginação de cada um.

Essa "coisa" logo na entrada é apontada
como um Leão.
Será que isso foi obra da natureza ou de algum chinês?



Já essa formação realmente parecia natural.
Achei que lembra a flor conhecida como "copo de leite".
 E você, acha que se parece com o quê?


Essas estalactites eram impressionantes.


Escadarias de ferro nos levam pra cima e pra baixo por entre as rochas e é preciso pisar firme, com cuidado, porque o risco de levar um escorregão é grande. O local é bem úmido e a temperatura ambiente, de acordo com um termômetro que havia no local, estava em torno de 15°C.


Termômetro em uma das paredes.



Algumas cavernas chegam a ter 20 metros de altura e 30 metros de largura.



Saboreando uma Báijiǔ, a cachaça chinesa, num
ponto de venda de souvenires dentro da caverna.


Deixando a caverna.


O ingresso para visitar o local custa 70 RMB (R$22,00) para adulto e 35 RMB para estudante ou criança com mais de 1,20m de altura.

Ticket de "meia-entrada".

Da caverna fomos para o Sítio do Homem de Pequim, mas isso é assunto para outro post.


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