quinta-feira, 4 de abril de 2013

Explorando o Museu Militar, o Parque e a antiga Torre de TV


A Primavera chegou tem 15 dias, mas o friozinho ainda permanece em Beijing. O Sol tem dado as caras, mas a névoa de poluição que insiste em cobrir a cidade, nem sempre permite que a gente veja o céu azul.

Mas já é possível retomar as caminhadas pela cidade, e tentar explorar tudo o que a capital da China nos oferece.

Nesta quarta-feira, véspera de feriado, eu, Cinara e Cristiane nos aventuramos no metrô até a estação do Museu Militar – foram dez estações da Yong’anli até nosso ponto de destino, pela linha 1.

Começamos nosso passeio pelo museu, que fica bem em frente à estação.

O Museu Militar da Revolução do Povo Chinês  (Zhōngguó rénmín gémìng jūnshì bówùguǎn  中国人民革命军事博物馆) é dedicado à história e à cultura do Exército Chinês. Começou a ser construído em 1958, mas só foi concluído em 1960. Atualmente passa por uma grande reforma, tanto que só pudemos visitar os galpões externos. Antigamente dentro dele, pelo que pude apurar, havia 22 salões dedicados a contar a história das muitas guerras enfrentadas pelo Exército Chinês.


O Museu Militar.
No alto a estrela, símbolo do Exército Chinês.

A entrada no museu é gratuita. É preciso apenas mostrar o passaporte ou a carteira de identidade da China.

Ticket de entrada do Museu Militar.


Nos galpões externos estão expostos dezenas de aviões, tanques, mísseis e metralhadoras de todos os tipos e tamanhos, algumas lanchas e carros usados pelos militares chineses. Há equipamentos de outros países, como aviões dos Estados Unidos, do Canadá e da antiga União Soviética – que por muitos anos foi a principal aliada da China – metralhadoras japonesas, tanques americanos e russos.

Tanque soviético T-62 ao centro.


Uma das duas embarcações expostas bem na frente do Museu.


Restos de uma aeronave americana, não-tripulada,
modelo BQM-147G.


Canhão japonês de 75mm, de 1917.


Diversos canhões e metralhadoras.



Avião canadense U-6A "Beaver".


Esses galpões são bem simples e até arcaicos. Pelo que percebi os chineses não se importam em expor as peças que ali estão, da maneira como elas foram encontradas e/ou trazidas para aquele local. Não fazem nenhum tipo de maquiagem nos aviões, carros ou tanques. São verdadeiras e autênticas “peças de museu”.


Bateria antiaérea chinesa.



Míssil chinês.




 
Satélites chinêses.



 
Carro de Zhu De, o fundador do Exército Vermelho Chinês.


Ai, que perigo!



Caça chinês A-5.


Caça soviético, MiG 15bis.


Apologia ao patriotismo chinês: escultura simbolizando
o trabalho conjunto de civis e militares, em 1959.


Como o Museu está sendo reformado, vou tentar voltar depois, pra ver o que deve ser uma outra parte bem interessante da história do exército chinês e dos outros países que fazem parte da exposição.

Ao lado do Museu Militar está O Monumento da China ao Milênio. Essa foi nossa segunda parada.

Construído em homenagem ao novo milênio, o Monumento é uma grande estrutura que combina o espírito da cultura tradicional da China com uma arquitetura moderna.
Do lado de fora, uma “agulha” de 45 metros na extremidade mais alta de um círculo inclinado, aponta para o céu, lembrando um grande relógio de sol.

Monumento da China ao Milênio.

 Na parte de cima do monumento visitamos dois corredores circulares onde estão expostas várias esculturas de pessoas que tiveram grande importância na história e cultura da China.



Várias esculturas expostas ao longo do corredor.



Sun-Tzu, estrategista militar autor do clássico
"A Arte da Guerra".


Cai Lun, inventor do papel. 
O papel, a bússola, a pólvora e
a imprensa são consideradas
as quatro grandes invenções da China.
As quatro grandes descobertas (四大发明; sì dà fā míng)
 são celebradas na cultura chinesa como símbolos do avanço tecnológico da ciência ancestral.


Bi Sheng, inventor da imprensa.



O local acolhe também o Museu de Arte Mundial de Beijing (Zhōnghuá shìjì tán  华世纪坛) um centro de exposições culturais, artísticas e científicas do país e do exterior. As salas do museu estavam fechadas e só abrem na segunda quinzena de abril para uma exposição.

Certamente vou voltar a escrever sobre esse monumento aqui no blog, já que vou precisar retornar ao local para conhecê-lo melhor – só nos restringimos a visitar a parte norte do monumento. Na parte sul, mais afastada do ponto onde está o relógio do sol, há uma praça chamada de Praça do Fogo Sagrado , que não conhecemos.

Nosso tour do dia continuou no Parque Yuyuantan  (Yù yuān tán gōngyuán 玉渊潭公园)também chamado do Parque do Lago de Jade, que fica logo atrás do Monumento ao Milênio. Já visitei esse parque no ano passado – post do dia 19 de abril “Festival das Cerejeiras”. Eu e Cris voltamos lá para mostrar para a Cinara o desabrochar das cerejeiras. Só que as árvores ainda estão abrindo e vimos muito poucas flores, ao contrário do ano passado, quando o parque estava realmente exuberante. Acho que daqui a umas duas semanas o visual estará perfeito.



Eu, na beira do lago, com o vento embaraçando os cabelos.


Até as árvores comuns ainda estão secas.


Visual de uma parte do lago.


Saboreando uma porção de churros com sorvete e chocolate.


Algumas árvores já abriram suas flores.


As cerejeiras proporcionam uma imagem bonita e delicada.


Mas de qualquer maneira o parque estava cheio. Como sempre, pessoas dançando, soltando pipas, tirando fotos e aproveitando para se deliciar com as muitas comidas típicas que são oferecidas no local. Um lugar perfeito para o chinês passar o dia em contato com a natureza.


Várias barraquinhas ofereciam comidas típicas.


Como os chineses gostam de dançar em público.



Uma criançada de escola explorando o parque.
Pena que alguns estavam tocando nas flores, 
arrancando e puxando os galhos.



Ao chegarmos a saída oeste do parque resolvemos ir até a Torre de Tv, que fica do outro lado da rua. Atravessamos uma passarela e chegamos à torre.

A Torre de Tv vista do parque.


A contrução do antigo Complexo de Rádio e TV da China  (zhōng yāng diàn shì tái jiàn zhù qún 中央电视台建筑群) começou em janeiro de 1987 e em 1994 o projeto foi concluído.

De acordo com o folder que peguei na bilheteria, a torre tem 405 metros de altura.

Folder com informações sobre a Torre.

  

No décimo-oitavo andar, a 221 metros de altura, há um restaurante giratório com capacidade para 250 pessoas. Ele leva 80 minutos para fazer uma rotação completa. 

Só visitamos a torre por fora. Não subimos. Deixamos para uma outra ocasião, quando estivermos com os maridos e as filhas.


O complexo foi sede da emissora estatal que, em 2012, foi transferida 
para a nova Torre da CCTV, localizada
no CBD - Central Business District.

Nova sede da CCTV.
Foto tirada em janeiro do ano passado, logo
que chegamos a Beijing.


Numa das laterais da torre, na parte debaixo, há um Museu Subaquático. Também deixamos para conhecer numa outra oportunidade.

Nosso dia de “exploradoras” terminou ali. Com o mapa na mão e a ajuda de um casal de chineses, encontramos a estação do metrô para voltarmos, a Gongzhufen, uma parada adiante de onde descemos, no Museu Militar.

Juntas e misturadas aos chineses retomamos o caminho de casa, felizes, é claro, por termos conhecido um pouquinho mais de Beijing.


Reflexo das "três aventureiras" na vidraça
inferior da torre.



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