terça-feira, 27 de agosto de 2013

18 anos da Amanda e China World Trade Center


Minha querida filha Amanda completou 18 anos de idade, ontem. É, o tempo passou, mas parece que foi há pouco que ela nasceu, miudinha, cabelinho louro espetadinho...

Aqui na China não tenho nenhuma foto da Amanda recém nascida,
mas tenho essa aqui, dela com um aninho.
Linda desde pequena!

Ela cresceu, tornou-se uma linda moça, responsável, estudiosa e, como quase todos os jovens, um pouco cabeça-dura, às vezes bicuda, às vezes muito na dela. 


Uma pintura!

Mas há nove anos, desde que a irmã nasceu, ela aprendeu a ser também “um pouco mãe”, já que sai com a caçula pra todo lado, ajuda nos estudos, na hora de se arrumar. É claro que tem os momentos em que tem vontade de “esganar” a irmã-pentelhinha, mas elas se amam e não se largam.

Sempre juntas.


Eu sei que com a vinda para a China a Amanda deixou de “viver” alguns bons momentos da juventude dela, ao lado dos amigos, e entendo quando ela fica tristinha por causa disso. Mas ela também sabe e entende o lado bom dessa mudança: a oportunidade de conhecer, literalmente, o outro lado de um mundo que talvez ela nunca tenha imaginado em conhecer. Eu, pelo menos, em meus 47 anos, quase 48, jamais imaginei estar por aqui. Além disso, ela está tendo a chance de aprender a falar e escrever o Mandarim, a língua do presente/futuro. A vida é assim: feita de bons momentos e outros nem tanto assim.

No domingo dia 25, véspera do aniversário dela, fomos lanchar no restaurante que há no 80° andar da China World Tower, o prédio mais alto de Beijing. O dia estava bonito e teríamos uma vista privilegiada lá de cima. Mas não foi bem assim. Apesar do tempo aberto, uma névoa cobria o horizonte, não deixando o céu tão limpo como imaginávamos. De nós quatro apenas a Amanda é que ainda não tinha ido lá em cima.


Algumas fotos que tirei na primeira vez que estive na Torre, em Julho.


A Torre à noite.


O Estádio dos Trabalhadores.


A Torre de Beijing.


O exótico prédio da CCTV.

Nesse dia o céu estava mais limpo.


A Jiangguomen, a principal avenida de Beijing.
Ao fundo, quase no meio da foto, os prédios
da Praça da Paz Celestial - com o contorno dos
telhados iluminados.

O complexo do China World Trade Center, localizado no CBD – Central Business District – o coração financeiro da cidade, começou a ser construído em 1985 e foi finalmente concluído em 2010, com a inauguração da China World Tower. O CWTC abriga um shopping – o China Mall – três hotéis, apartamentos, escritórios nacionais e internacionais, além de salões para conferências. Magnatas, celebridades e chefes de estado costumam se hospedar ali.

Simulei no site do China World Summit Wing, o hotel localizado no 80° andar da Torre, uma reserva em quarto Executivo, um dos mais simples, e ela fica em 1.788 RMB por noite, ou cerca de Us$300 ou R$715,00.

Já a diária da suíte Grand Premier, a top, sai por 3.200RMB, ou Us$534 ou R$1.280,00! Só pra rico, mesmo.

A torre do China World tem 330 metros e 81 andares. Como falei anteriormente, o restaurante onde fomos fica no 80° andar. De lá é possível ver a cidade de Beijing, mas através dos vãos das vidraças que, por sinal, não estão muito limpas. Também, naquela altura!

Fotos da visita do dia 25 de Agosto

A China World Tower.

A setinha mostra o prédio onde moramos.


O pôr do sol, com o horizonte encoberto por uma névoa.

O pôr do sol é sempre lindo! 

No 81° andar da Torre há um deck de observação, mas está quase sempre fechado. Acho que ele só é aberto para clientes “vips”, o que não é nosso caso!

O restaurante no 80° andar.


O Pai "babão"...

...com as duas filhas.


Minhas duas princesas! 


Meus amores.

No dia do aniversário da Amanda, dia 26, pra variar meu maridinho estava viajando a serviço. É sempre assim aqui em casa. As viagens a trabalho sempre coincidem com as nossas datas festivas. Fazer o quê, não é mesmo? Por isso comemoramos com ele na véspera.

Mas a Amanda teve algumas surpresas de aniversário: as amigas Melissa e Fernanda fizeram uma deliciosa torta de chocolate pra ela. Além disso, as duas armaram com a Gigi de jogar ovo nela. Ah, esses jovens!


Chegando toda melada.

Éca!

Apagando as velinhas.


Com a irmã e as amigas...

...e aqui com a Tia Cris, também.

Normalmente quando a gente faz 18 anos pensa logo em tirar carteira, ter um carro pra dirigir. Como estamos fora, a Amanda vai ter que esperar a volta ao Brasil para tirar a dela, mas nós já nos adiantamos e lhe demos um carro de presente. Deixei lá na garagem, numa vaga. Tudo bem que ele é um tanto pequeno, mas é um carro! Um Kia Soul com teto solar e tudo mais! Esse é pra guardar pra sempre.


Não pode reclamar: ganhou um carro último modelo!


Muita gente viu essa foto e achou que ela ganhou o carro branco.
Não repararam no vermelhinho, bem ali embaixo!


No final da tarde reunimos as amigas e as tias e fomos lanchar no Maan Coffe do shopping U-Town, na Yabaolu, no bairro russo. Batemos um bom papo, demos boas risadas e comemoramos, de forma bem singela, essa data tão importante na vida da Amanda. 


Com as tias e amigas...

...mais bons momentos em Beijing.



Desejo à minha filha querida tudo de bom que a vida puder lhe proporcionar.

Que ela continue nos dando muito orgulho e que nunca desista de seus sonhos. Porque sem sonhos não se vive.

Amanda, você agora já é uma adulta, mas para nós será sempre uma  criança.

Conte sempre com a gente! Te Amamos muiiittttoooo!













quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Beijing Planning Exhibition Hall and Qianmen Street

Como já falei diversas vezes, lugar para visitar é o que não falta em Beijing. E, sinceramente, não sei se nesse um ano que nos resta por aqui, conseguirei ver todos os lugares que gostaria. E olha que estou falando só da Capital... Imagina a China toda? As “atrações” estão por todos os lados, em todas as cidades. É só ter paciência para descobrir onde fica cada uma delas e ter disposição para bater perna e enriquecer os conhecimentos.

Na última terça-feira, dia 13 – Dia dos Namorados, lembra do último post? – saímos cedo de casa com a garotada, rumo a Praça Tian’anmen, com o intuito de visitarmos o Museu Nacional da China e o Beijing Planning Exhibition Hall. Fomos de metrô que, pra variar, estava lotado, ainda mais nesse período de férias escolares.

Ao sairmos da estação Tian’anmen East, na Praça da Paz Celestial, nos deparamos com dezenas de milhares de chineses. Não é mentira nem exagero: o lugar estava “fervilhando” de gente. Pra piorar, o calor estava insuportável. A temperatura tem estado na casa dos 35° e a poluição do ar deixa o tempo ainda mais abafado. Resultado: suamos um bocado.

Ao chegarmos na frente do Museu Nacional desanimamos. A fila estava imensa. A entrada é gratuita, então os chineses “correm” todos para lá. Decidimos, então, fazer uma alteração no roteiro: fomos direto para o Beijing Planning Exhibition Hall, que fica um pouco mais a frente, na Qianmen Street East. Caminhamos mais uns 600 metros, atravessamos a rua pela passagem subterrânea e chegamos ao nosso objetivo. Para nossa surpresa estava vazio. Lá a entrada é paga – 30 RMB por pessoa, cerca de R$10,00 – mas para os chineses, que geralmente estão em grupos grandes, acaba saindo caro.

Início da fila do Museu Nacional. Uma loucura!


A) Museu Nacional
B) Beijing Plannig Exhibition Hall
C) Qianmen Street


O Beijing Planning Exhibition Hall. 


Acho que lá dentro éramos só nós dez e mais uma meia dúzia de pessoas. De cara adoramos sair do bafo da rua para o frescor do ar condicionado.

Nos surpreendemos com o lugar que ocupa uma área de 16.000 m², sendo 8.000 m² dedicamos às exposições. Em quatro andares são mostradas as grandes realizações do planejamento urbano da cidade de Beijing e o projeto de desenvolvimento futuro da cidade.

Logo na entrada uma escultura em bronze mostra as características geográficas 
da planície de Beijing cercada por montanhas.


Há inúmeras fotos, quadros, pinturas e vídeos – alguns interativos – mostrando os 3.000 anos de história de Beijing como cidade e seus 850 anos como capital da China.

As meninas no telão...

... e num passeio virtual de barco.


"Ai... que frio"

As cores do outono.

Repare no rosto do boneco com a imagem
do rosto da Gigi.


Amanda e Gigi num painel que mostrava a 
sombra delas interagindo com uma paisagem da cidade.


Numa pequena sala de projeção para no máximo 12 pessoas é possível assistir a um vídeo em 4D mostrando a Beijing do passado, do presente e do futuro. São apenas seis minutos de projeção onde realizamos um voo virtual pela cidade.


Gigantesco painel em bronze preso na parede, mostrando numa 
escala de 1:1000, as características de Beijing em 1949.


Maquete em madeira da Cidade Proibida.

Um dos pontos mais interessantes desse Salão é a enorme maquete da cidade de Beijing feita numa escala de 1:750 e que cobre uma área de 302 m², integrada a uma imagem aérea da cidade de 1.000 m² na mesma escala da maquete. Ficamos ali por muito tempo “descobrindo” os pontos da cidade que já conhecemos, tentando achar onde moramos, etc.

A fantástica maquete vista do alto.

Em destaque o CBD, Central Business District,
área onde moramos.


Complexo Olímpico:
à esquerda a Vila Olímpica
ao centro o Cubo D'água e
à direita o Ninho de Pássaro.

Parque Beihai. Nesse eu ainda não fui.

Área do Zoológico.

Na parte debaixo a Torre de Beijing.
Ao fundo o lago do Parque YuYuanTan.


A enorme área do Templo do Céu...


...e em destaque o Hall of Prayer for Good Harvests 
(Salão das Orações por Boas Colheitas).


Projeto da futura área do CBD,
com suas dezenas de arranha-céus.
A maioria já está em construção.

À esquerda o condomínio onde moramos
e à direita os cinco prédios do SOHO 2
que está em construção adiantada. 


Lindo painel retratando a Cidade Proibida.


Do Salão de Exibição fomos até a Qianmen Street que fica a uns 350 metros de distância. No final de semana eu havia visto na Globo.com uma matéria sobre uma exposição de fotografias em 3D que estava chamando a atenção dos chineses. Como? Saiu na Globo.com e nós não sabíamos de nada? Tínhamos que ver isso de perto. E lá fomos nós. E valeu a pena. As fotos ou painéis numa primeira olhada não parecem grande coisa. Mas ao tomarmos o posicionamento certo e enquadrarmos a pintura na máquina fotográfica temos a perfeita sensação da imagem em 3D. No cantinho de cada painel há uma dica do melhor posicionamento para a foto, assim como uma marca no chão, mostrando o ponto ideal para o “click” perfeito. Adoramos e nos divertimos.


Um dos painéis em 3D.


Melissa e Amanda interagindo com o painel.


 Amanda "pegando" o bichinho da cumbuca do menino.


Era só uma foto, mas a Gigi não queria nem "tocar" no bichinho.


As duas tentando "pegar" o chapéu.


Gigi "ganhando" uns docinhos.


A garotada ajudando a "empurrar" o trem.


As Mamães também tentaram colocar o trem na linha.


Me equilibrando pra "segurar" o dragão.


Amanda fazendo graça com a escultura de bronze.


"Vai um Iced Tea aí?"


Gigi também entrou na brincadeira.


A Qianmen Street.
Já falei sobre ela no post
"Qian Men Dajie, a Rua do Imperador",
em 21/02/2013.

Na entrada da Qianmen Street.


A turminha animada de nosso passeio.
  
Por volta de três e meia da tarde cansadas e ensopadas pelo calor, resolvemos dar por encerrado o nosso passeio. Não dava mais tempo para conhecermos o Museu Nacional, que fechava às cinco da tarde. Era muito pouco tempo pra conhecer um lugar tão grande e cheio de atrações. Combinamos de retornar após o período de férias, quando a fila deve estar bem menor e a temperatura mais agradável. Com o calor que anda lá fora, já estou com saudades da época do frio. Aqui é assim: ou oito ou oitenta. Ou muito calor ou um frio de lascar. E a gente, é claro, nunca está satisfeito!