sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Conhecendo mais de Shanghai

A passagem de minha sobrinha aqui pela China me levou novamente a Shanghai, cidade onde estivemos em abril de 2012 – ver post de 17 de abril de 2012, “Shanghai”.

Xangai para os brasileiros e Shanghai para os chineses – se pronuncia /xanrrái/ - é uma cidade com muitas atrações, mas nossa visita foi rápida, de apenas dois dias, então não deu para conhecer muita coisa. Tivemos que fazer escolhas.

Pra viagem ser mais emocionante, e pra Camila conhecer algo inédito pra ela, fomos de trem bala. A viagem Beijing-Shanghai levou quatro horas e 50 minutos, com apenas uma parada – de 3 minutos – na estação de Nanjing.

Beijing South Railway Station (Estação Ferroviária Sul): um espetáculo.

Aguardando a hora de descer para a plataforma.

Já dentro do trem bala.
Beijing-Shanghai, 4h e 50 min de viagem.
Preço da passagem: 553 RMB (cerca de R$215,00)

Chegamos a Shanghai por volta de duas da tarde. Pegamos um táxi na estação, deixamos nossas coisas no hotel e fomos logo para a primeira visita: a Shanghai Oriental Pearl Radio & TV Tower, a torre mais famosa da cidade.

A Torre Pérola Oriental.

Visitar a bela Torre Pérola foi uma prova de resistência. Como estávamos bem no meio do feriado do Ano Novo chinês a cidade estava cheia. Se é que algum dia ela fica vazia. Mas lembro que quando estivemos em Shanghai em 2012 não tivemos problemas pra subir na Torre: na ocasião não demoramos nem 10 minutos na fila. Dessa vez foram três horas de espera! Quando chegamos lá em cima, já era noite.

Já dentro do Hall de entrada da Torre.

Mas a espera vale a pena: a vista de centenas de prédios com suas fachadas repletas de luzes, neons, barcos iluminados navegando no rio logo abaixo, dão a Shanghai uma imagem futurista. A metrópole mais populosa da China, com aproximadamente 24 milhões de pessoas, pelo menos nessa área turística, é um lugar muito bonito.  

Luzes por toda a cidade.

Fomos até o ponto de visitação mais alto da Torre, a “Space Capsule”, que fica a 350 metros de altura. É a esfera mais alta, com 14 metros de diâmetro.

Brincando de astronauta no ponto de visitação mais alto.

Na sequência, descemos para 263 metros, na segunda esfera – com 45 metros de diâmetro - e, ainda nela, um pouco mais abaixo, a 259 metros, a maior atração do local, o observatório transparente, onde a sensação de estar andando numa plataforma de vidro, a centenas de metros do chão, é um tanto “assustadora”. Mas a gente acaba se acostumando e se diverte, tirando um monte de fotos.

Camila fazendo graça na plataforma de vidro.

Duas gatas!


Na esfera inferior, a maior de todas – são 50 metros de diâmetro - já a 98 metros do solo, andamos numa pequena montanha russa que existe lá dentro e que eles dizem ser a “montanha russa indoor mais alta do mundo”.

Nesse ponto a plataforma de observação é aberta. Ventava muito e o frio intenso quase fez a gente congelar.

Parte da orla do rio Huangpu.

Na frente as duas torres do IFC.
Mais ao fundo, a Jin Mao Tower e
lá atrás, o SFWC.

Na lojinha da Coca-Cola, já no subsolo.

Do lado de fora da Torre.

Da esquerda para a direita:
Ao fundo, com a ponta azul, a Torre do SWFC.
No meio a Jin Mao Tower.
E, a direita, a Torre de Shanghai, ainda em construção.
  
Cansadas, mas ainda com disposição, e depois de uma passadinha rápida pelo hotel, fomos conhecer o “Bund”, área de badalação na “night” de Shanghai e que fica do lado oeste do rio Huangpu. A Torre Pérola e o centro econômico e financeiro da cidade ficam no chamado Pudong.

Escolhemos uma boate chamada “Bar Rouge” que estava repleta de gringos, mas ficamos pouco tempo. O local possui um terraço – que estava vazio por causa do frio – de onde se tem uma vista linda da orla do rio.


Painel formado na fachada de um dos muitos
prédios do centro financeiro de Shanghai.

A orla do Bund.

Lugar muito bonito à noite.

Pudong visto do Bund.

Orla do Bund.

O Bar Rouge fica num terraço, mas a parte
ao ar livre estava vazia, por causa do frio.

Uma metrópole de tirar o fôlego.

No dia seguinte acordamos cedo e fomos conhecer o observatório que fica no Shanghai World Financial Center, a 474 metros de altura. É atualmente a construção mais alta da cidade, mas até 2015 deve perder esse “status” para a vizinha Torre de Shanghai, que está quase pronta e que vai ter 632 metros de altura e será a maior da China, superando os 600 metros da Torre de Guangzhou. A Torre de Shanghai será a segunda maior do mundo, atrás apenas dos 828 metros do Burj Khalifa, em Dubai.

Amanhecer visto da janela de nosso quarto de hotel.

Ficamos pertinho da Torre Pérola.


No caminho para a Torre do SWFC passamos por
uma passarela que mostrava o tempo em diversos lugares do mundo,
inclusive no Rio de Janeiro!


Ao fundo, a Torre do SWFC, no formato de "abridor de garrafa".


Essa escultura de ímã, bem no jardim externo
que fica em frente ao SWFC, simboliza que o
lugar atrai pessoas de todo o mundo,  
possibilitando não somente novos negócios, mas
uma troca de cultura que une Shanghai,
China e o Mundo como um todo.

A Torre do SWFC.


Já dentro do prédio, antes de subirmos, uma
maquete mostra o centro financeiro de Shanghai, o Pudong.


O 100° andar do SWFC, a 474 metros de altura, possui três plataformas de vidro no chão – duas nas laterais e uma central. O andar é chamado de Sky Walk. Apesar de estarmos bem mais alto do que na Torre Pérola, a sensação aqui, ao andar no vidro, não é tão ruim, porque logo abaixo está a plataforma do 97° andar. Mas por outro lado, nas laterais, o design da torre, com seus vidros projetados num ângulo inclinado para o exterior, me deram a sensação de estar “flutuando” sobre o solo, com as ruas, carros e pessoas minúsculas lá embaixo.

Sky Walk, no 100° andar: três plataformas de vidro.


A 474 metros de altura.

 
Detalhe do piso de vidro.

A Torre Pérola ao fundo.


A Torre Jin Mao que até 2007
era a Torre mais alta da China,
com seus 420,5 metros.


O rio Huangpu.


Tudo lá embaixo fica muito pequeno.

Monumento aos Heróis do Povo, que
fica no Bund.

Fotos em exposição no 97° andar do SWFC.






 


O 94° andar, chamado de Sky Arena, possui um espaço de venda de souvenires – tudo muito caro - além de um Coffee & Bar e um quiosque onde é possível fazer fotos-montagens com Shanghai como pano de fundo.


O 94° andar.

Elas não desgrudam dos celulares!

A Camila aproveitou para deixar
um recadinho junto ao sino da sorte.

Apreciando a paisagem.


Torre Pérola, Torre Jin Mao e a Torre de Shanghai.


Indo embora.


A segurança do prédio é intensa, com direito a cães farejadores...

...E portas equipadas com detectores de metais.
Olha a cara da Camila.


Amor de primas.

"Brincando" com a Torre Pérola.
  


Arquitetura exótica em prédios cada vez mais altos.

As duas torres do Shanghai IFC
(Shanghai International Financial Centre)
Nelas estão o Ritz-Carlton Hotel e a sede do HSBC.
No subsolo fica a loja da Apple.


Após visitarmos o SWFC retornamos para o hotel, fizemos nosso “check-out”, almoçamos num shopping próximo e, de metrô, fomos para a estação do trem bala.

Calculamos que o trajeto duraria cerca de meia hora, mas nos enganamos: durou mais ou menos 45 minutos e ainda perdemos 5 minutos porque tivemos que dar uma pequena parada na penúltima estação, para uma troca de trem, por problemas técnicos. Chegamos à estação do trem bala faltando cerca de 20 minutos para o trem partir, saímos correndo e nos assustamos com a fila na roleta. Achei que não ia dar tempo. Mas por incrível que pareça, os chineses foram passando um a um e, uns dez minutos antes do horário programado de saída, já estávamos na cabine.

Dentro do trem bala um episódio digno de nota: os chineses travaram o corredor entre as poltronas. Não iam pra frente, nem pra trás. Uns olhavam para a cara dos outros, sem reação. “Engarrafamento” dentro do trem bala? Era o que me faltava. Aguentei uns três minutos, até que dei uma de louca, coloquei minha mochila nas costas, suspendi a mala acima da cabeça, pedi licença em inglês, e fui abrindo caminho, que nem um tufão. É claro que ficaram olhando pra mim, assustados, mas foi a única maneira de liberar a passagem. Resultado: a fila andou e todos puderam se acomodar, feliiiiizes, em suas poltronas. O stress foi tanto que tive que tirar uma das quatro blusas que estava vestindo: fiquei suando. Depois que a adrenalina baixou, peguei meu mini ipad na mochila e fui ler, tranquilamente, meu livro digital, pra passar o tempo. Por volta de sete horas da noite chegamos a Beijing.

Mais uma vez foi uma visita rápida a Shanghai, mas o objetivo foi mais do que alcançado, já que minha sobrinha “adorou” a cidade. Ela me disse que, no futuro, quer voltar.

“É isso aí, Camila: pensamento positivo para realizar seus sonhos! Além de tudo, viajar aquece a alma e nos enche de conhecimentos”.


 Curiosidades: 

As atrações em Shanghai são "salgadas" se compararmos com outros pontos da China – pelo menos em relação aos lugares que já visitei até agora. 

Veja os preços:

Torre Pérola: o ingresso que dá direito a conhecer todos os andares de visitação custa 220 RMB por pessoa (cerca de R$85,00).

Torre SWFC: 150RMB para visitar todos os três principais andares (cerca de R$58,00).

O ticket de ingresso à Grande Muralha, em Badaling, por exemplo, custa 45RMB (cerca de R$17,00). 

Para entrar na Cidade Proibida são 40RMB (cerca de R$15,00).

Fazendo uma comparação com o Brasil:
Bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro: R$62,00.
Bondinho do Corcovado, no Rio de Janeiro: também R$62,00.