segunda-feira, 21 de julho de 2014

O Parque Beihai


Se existe algo que o chinês adora é um parque. E faltava eu visitar um dos mais importantes aqui de Beijing: o Beihai. Deixar esse parque para o final parece ter sido mesmo o destino. Porque depois de tantos parques visitados, acabei achando esse o mais bonito de todos. É realmente pra deixar saudade.

Běihǎi gōngyuán, 北海公园, o “Parque do Mar do Norte”, é um dos mais antigos jardins imperiais da capital chinesa. Seu lago, os jardins e suas construções revelam mais de mil anos de história.

Construído a partir de 938, primeiro ano do reinado do Imperador Huitong, na Dinastia Liao (916-1125), o parque foi ampliado no reinado do Imperador Qianlong, da Dinastia Qing (1644-1911) sendo aberto à visitação somente em 1925.

O Parque Beihai tem uma área de 69 hectares (690 mil metros quadrados), sendo mais da metade dessa área – 39 hectares – coberta pelo lago.

Mapa do Parque Beihai.


No lago está a Ilhota da Flor de Jade, que tem como centro das atenções uma imponente dágaba ou estupa branca, construção típica do budismo. Foi nesse local, em 1651, chamado então de Palácio da Lua, que Kublai Khan recebeu Marco Polo.

Entramos pelo portão norte do parque de onde se
vê a parte detrás da dágaba.

Só eu subi. Entrei pela Ponte Doushan,
uma subida pela lateral leste.


Ponte Doushan.


Na subida vi esse belo portal, na
entrada do Palácio Zhizhu.


Dágaba BrancaBái tǎ 白塔, construída em 1651, tem 35,9 metros de altura. No topo dela há dois aros trabalhados em bronze, sendo que o inferior  possui 14 sinos - também de bronze – ao seu redor. Em seu interior estão guardadas escrituras, o manto de um monge, tigelas de esmolas e dois pedaços de Śarīra, relíquias budistas. Três terremotos, em 1679, 1730 e 1976, danificaram seriamente a construção, que precisou ser reconstruída.

Em frente a dágaba fica o “Salão da Causa Beneficente”, Shan Yin Dian, construído em 1751 e que possui 455 azulejos com imagens de Buda. Dentro dele está guardada uma imagem de Yamāntaka, considerado o guardião de Beijing. Esse salão estava fechado. 


A dágaba ou estupa com o Shan Yin Dian 
a sua frente.

Nas paredes os azulejos azuis com imagens de Buda.


Detalhe dos sinos num dos aros de bronze da dágaba.


Dágaba e Shan Yin Dian vistas da 
escadaria sul.

O lago visto lá de cima.

Mais para o canto esquerdo, os Pavilhões dos Cinco Dragões.

O Topo do Parque Jingshan, o Morro do Carvão, que fica
a oeste do Beihai, ao fundo da Cidade Proibida.


O belo lago.

As plantas aquáticas dão um visual muito bonito ao local.


Alguns barquinhos parecem gôndolas grandes.


Ao fundo a entrada sul do Parque.


A dágaba vista pelo lado leste.


A dágaba e em primeiro plano a Ponte Yong'an


Ponte Yong'an.

Entrada da ponte.

Com a Gigi...

...E com o maridão.


A bela dágaba.

Não me cansei de tirar fotos do local.


O Parque possui outras atrações, entre elas uma das três Paredes dos Nove Dragões existentes na China – as outras estão na Cidade Proibida e em Datong.

Criada em 1756, a Tela dos Nove Dragões tem cerca de 25,52 metros de comprimento por 5,96 metros de altura e 1,60 metros de espessura. É formada por 424 tijolos esmaltados de sete cores, com nove dragões completos brincando nas nuvens, decorando ambos os lados da parede. Dragões menores completam a figura, num total de 635 dragões. A tela está na área do Palácio Tianwang.

Portal de entrada para a área do Palácio Tianwang.

O Palácio possui três halls, um deles é o 
"Salão de Grande Êxtase e Antecipação".
Lá dentro está a imagem do Buda dos Três Mundos 
- Passado,  Presente e Futuro -
ladeado por oito arhats.
Não é permitido tiras fotos lá dentro.


A Tela dos Nove Dragões é na verdade um grande muro.

Uma das laterais.


Detalhes de alguns dragões da tela






  
A sudoeste da Tela dos Nove Dragões estão os Pavilhões dos Cinco Dragões - cinco pavilhões que se conectam, lembrando a figura de um dragão. Era o local escolhido pelos membros reais da China antiga para relaxar e apreciar a beleza natural do Parque. Mas por que tanto “dragão”? O dragão é uma figura lendária da mitologia chinesa que simbolizava poder, força e boa sorte para quem o possuía, por isso foi escolhida como figura-símbolo dos Imperadores chineses.

Os Pavilhões dos Cinco Dragões








Detalhes dos tetos

 





Em um dos Pavilhões pessoas da terceira idade 
dançavam descontraidamente.


Assim como os Imperadores e Imperatrizes aproveitamos
o local para descansar e apreciar o visual.

A dágaba vista de um dos Pavilhões.


Depois de explorarmos o parque, fomos andar de barquinho no lago, aproveitando a brisa que soprava, pra descansar e amenizar o calor. Nós e centenas de chineses. Pra variar, o lugar estava bem movimentado.

Gigi pilotando o barco.

Os Cinco Pavilhões vistos do lago.

Pertinho da parte detrás da dágaba branca.


A Ponte Doushan.


O barco-dragão visto de dentro do lago...

... E da margem.

Tela da Sombra de Ferro, uma escultura feita
em conglomerado vulcânico, com 1,89m de altura 
e 3,56m de comprimento.

Pegamos esse carrinho para andar mais rápido pelo parque 
- e para não cansarmos tanto.
Preço: 10 RMB por pessoa.
Vale a pena porque o parque é muito grande.



Para apreciar as belezas do Parque Beihai, o visitante paga apenas 20 Yuan, cerca de R$7,15. Como dizemos no Brasil: “bom, bonito e barato”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário